Alemanha cria consenso sobre necessidade de importar mão-de-obra qualificada de fora da União Europeia como fator de competitividade internacional

O motivo é a necessidade de abertura do país para atrair mão-de-obra qualificada que segundo empresas alemãs este fator ainda é um gargalo que impacta na competitividade.

Na última segunda-feira a Primeira Ministra da Alemanha Angela Merkel esteve reunida com ministros e representantes de empresas e sindicatos. O objetivo do encontro foi discutir sobre uma lei que irá acelerar a entrada de trabalhadores qualificados na Alemanha.

A procura por mão-de-obra qualificada foi assunto durante encontro realizado em Berlin na última segunda-feira. O encontro reuniu o alto escalão da indústria, sindicatos e ministros e Estados interessados em evitar que a Alemanha trave o seu desenvolvimento por falta de mão-de-obra qualificada. Assim o encontro teve como objetivo preparar estratégias que acelerem a entrada de aproximadamente 1,4 milhões de profissionais qualificados na Alemanha de fora da União Européia a partir de março de 2020.

A chanceler Angela Merkel fez um pronunciamento ao término do encontro, ao lado de ministros e representantes dos empresários e sindicatos, para enviar uma mensagem de unidade e deixar clara a existência de um consenso social em torno da necessidade de atrair trabalhadores estrangeiros. Todos os presentes assinaram um documento em que se comprometem a facilitar a incorporação de trabalhadores estrangeiros qualificados. Merkel falou de uma mudança de paradigma e considerou que “o importante é que nos outros países nos vejam como um país aberto e interessado pelo mundo, porque não somos os únicos que estamos interessados nos trabalhadores qualificados. Há uma grande concorrência”. Peter Altmaier, o ministro da Economia, disse que o país poderá “ter um maior crescimento” se receber “trabalhadores qualificados”.

Uma pesquisa das Câmaras de Indústria e Comércio da Alemanha (DIHK) publicada por ocasião da minicúpula em Berlim indica que 56% dos empresários consideram a falta de trabalhadores como o principal fator de risco para seus negócios. O Instituto para a Pesquisa do Emprego (IAB), ligado à Agência Federal de Emprego, contabiliza 1.359.000 postos de trabalho em aberto no país inteiro. Após quase uma década de crescimento econômico ininterrupto, e apesar da atual desaceleração, as cifras de desemprego são as mais baixas desde a reunificação alemã, no começo da década de 1990. Os setores da informática, saúde e cuidados, construção e gastronomia são os mais afetados.

O Governo alemão aprovou há um ano uma lei destinada a atrair trabalhadores qualificados de fora da UE. Já há 2,5 milhões de europeus trabalhando na Alemanha, mas Berlim calcula que o fluxo de trabalhadores procedentes da UE diminuirá devido ao envelhecimento dos países vizinhos, que necessitarão dos seus próprios trabalhadores. A prioridade, como deixaram claro nesta segunda-feira os agentes econômicos, passa por aproveitar ao máximo a força de trabalho interna, mas com a consciência de que esta é claramente insuficiente.

“Sabemos que muitos empresários procuram desesperadamente trabalhadores qualificados”, disse Merkel no fim de semana, alertando também para uma possível fuga de empresas se a Alemanha não conseguir atrair mão de obra. “É necessário fazermos todos os esforços para recrutar um número suficiente de especialistas. Do contrário, as empresas terão que emigrar, e obviamente não é isso que queremos”, afirmou.

A lei, que deverá entrar em vigor em 1º de março de 2020, permite que os trabalhadores estrangeiros com formação profissional — não necessariamente universitária — entrem no mercado alemão sem a necessidade de que se demonstre a inexistência de alemães ou de cidadãos de outros países da UE disponíveis para cobrir uma determinada vaga. Tampouco será preciso demonstrar sua ligação com um setor ou atividade profissional especialmente necessitada. O Brasil já possui relações econômicas e de transferência tecnológica com a Alemanha e assim passa a compor o grupo de países dos quais a Alemanha pretende receber profissionais qualificados.

Liebe Feunde. Ich Wuensche Euch ein schönes Wochende. 

Ihr Carlos Dullius aus Estrela, RS

O motivo é a necessidade de abertura do país para atrair mão-de-obra qualificada que segundo empresas alemãs este fator ainda é um gargalo que impacta na competitividade.

Na última segunda-feira a Primeira Ministra da Alemanha Angela Merkel esteve reunida com ministros e representantes de empresas e sindicatos. O objetivo do encontro foi discutir sobre uma lei que irá acelerar a entrada de trabalhadores qualificados na Alemanha.

A procura por mão-de-obra qualificada foi assunto durante encontro realizado em Berlin na última segunda-feira. O encontro reuniu o alto escalão da indústria, sindicatos e ministros e Estados interessados em evitar que a Alemanha trave o seu desenvolvimento por falta de mão-de-obra qualificada. Assim o encontro teve como objetivo preparar estratégias que acelerem a entrada de aproximadamente 1,4 milhões de profissionais qualificados na Alemanha de fora da União Européia a partir de março de 2020.

A chanceler Angela Merkel fez um pronunciamento ao término do encontro, ao lado de ministros e representantes dos empresários e sindicatos, para enviar uma mensagem de unidade e deixar clara a existência de um consenso social em torno da necessidade de atrair trabalhadores estrangeiros. Todos os presentes assinaram um documento em que se comprometem a facilitar a incorporação de trabalhadores estrangeiros qualificados. Merkel falou de uma mudança de paradigma e considerou que “o importante é que nos outros países nos vejam como um país aberto e interessado pelo mundo, porque não somos os únicos que estamos interessados nos trabalhadores qualificados. Há uma grande concorrência”. Peter Altmaier, o ministro da Economia, disse que o país poderá “ter um maior crescimento” se receber “trabalhadores qualificados”.

Uma pesquisa das Câmaras de Indústria e Comércio da Alemanha (DIHK) publicada por ocasião da minicúpula em Berlim indica que 56% dos empresários consideram a falta de trabalhadores como o principal fator de risco para seus negócios. O Instituto para a Pesquisa do Emprego (IAB), ligado à Agência Federal de Emprego, contabiliza 1.359.000 postos de trabalho em aberto no país inteiro. Após quase uma década de crescimento econômico ininterrupto, e apesar da atual desaceleração, as cifras de desemprego são as mais baixas desde a reunificação alemã, no começo da década de 1990. Os setores da informática, saúde e cuidados, construção e gastronomia são os mais afetados.

O Governo alemão aprovou há um ano uma lei destinada a atrair trabalhadores qualificados de fora da UE. Já há 2,5 milhões de europeus trabalhando na Alemanha, mas Berlim calcula que o fluxo de trabalhadores procedentes da UE diminuirá devido ao envelhecimento dos países vizinhos, que necessitarão dos seus próprios trabalhadores. A prioridade, como deixaram claro nesta segunda-feira os agentes econômicos, passa por aproveitar ao máximo a força de trabalho interna, mas com a consciência de que esta é claramente insuficiente.

“Sabemos que muitos empresários procuram desesperadamente trabalhadores qualificados”, disse Merkel no fim de semana, alertando também para uma possível fuga de empresas se a Alemanha não conseguir atrair mão de obra. “É necessário fazermos todos os esforços para recrutar um número suficiente de especialistas. Do contrário, as empresas terão que emigrar, e obviamente não é isso que queremos”, afirmou.

A lei, que deverá entrar em vigor em 1º de março de 2020, permite que os trabalhadores estrangeiros com formação profissional — não necessariamente universitária — entrem no mercado alemão sem a necessidade de que se demonstre a inexistência de alemães ou de cidadãos de outros países da UE disponíveis para cobrir uma determinada vaga. Tampouco será preciso demonstrar sua ligação com um setor ou atividade profissional especialmente necessitada. O Brasil já possui relações econômicas e de transferência tecnológica com a Alemanha e assim passa a compor o grupo de países dos quais a Alemanha pretende receber profissionais qualificados.

Liebe Feunde, ich wuensche Euch ein schönes Wochenende. 

Ihr Carlos Dullius aus Estrela, RS