Os Negacionistas – por Eckhard Kupfer – comentário ahai 1422, bl 05

Em vários países europeus, o número de pessoas infectadas com Covid 19 está aumentando em uma escala que não se considerava possível. Uma grande proporção atinge pessoas que se recusaram a ser vacinadas. No entanto, essa situação afeta a convivência de toda a população.

Em um estado pluralista, sempre haverá pessoas que questionam certas regras de convivência e se recusam a aceitá-las. Nos séculos passados, foram os opositores religiosos que tiveram que deixar seu país, ou que acabaram na fogueira. Atualmente, em alguns países há uma minoria que questiona o sistema escolar, e prefere educar seus filhos em casa. Em muitos países, isso é considerado um crime. Especialmente no setor da saúde, há opositores por convicções religiosas ou ideológicas. Neste caso o Judiciário pode, então, forçar o tratamento para salvar uma vida.

Na pandemia atual, em todo o mundo e especialmente em países culturalmente desenvolvidos, existem os chamados recusadores de vacinas, que não acreditam na proteção da vacinação, por qualquer motivo ou simplesmente a rejeitam. Eles podem colocar em perigo não só a si mesmos, mas também a seus semelhantes seres humanos, e muitas vezes não enxergam isso. Atualmente, os Estados liberais democráticos têm dificuldade em agir contra estes opositores da vacinação, embora isso pudesse ser facilmente alcançado. Aqueles que colocam outros em perigo deveriam ser isolados, e sua entrada não deveria ser mais permitido em certos lugares comuns, ou até mesmo não pudessem mais sair de casa.

No entanto, muitas vezes tais opositores adoecem e são internados. Então seria uma consequência, se os planos de saúde não contemplassem o tratamento nestes casos. Isso parece desumano, mas não é; quem não cumpriu a segurança viária e causou um acidente de trânsito, não tem mais a cobertura do seguro. Quem teve sua casa ou imóvel  danificado ou queimado por não ter cumprido as medidas protetivas, perde qualquer direito ao reembolso.

Por que os recusadores de vacinas não são tratados da mesma forma?

Ouça o programa Ahai na íntegra:

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