Relatório trienal da Organização Internacional para Migrações (OIM) aponta crescimento de migrantes vivendo no Brasil. População de estrangeiros no país sobe para 0,3%

De 2010 a 2015, a população de migrantes vivendo no Brasil cresceu 20%, chegando a 713 mil. Desse contingente, 207 mil vêm de outros países sul-americanos, representando 29% de todos os estrangeiros morando no Brasil.

Os dados foram divulgados pela Organização Internacional para Migrações (OIM) no relatório trienal World Migration Report 2018. Segundo a pesquisa, 70% dos fluxos migratórios na América do Sul são entre os países da própria região. Argentina, Chile e Bolívia também apresentaram aumento de imigrantes em seus territórios, com taxas que variam de 16% a 18%.

Neste contexto, o Brasil detém o terceiro maior números de estrangeiros na América Latina, ficando atrás da Venezuela (1,4 milhão) e Argentina (2,1 milhões). Porém, proporcionalmente, ainda apresenta um baixo número em relação aos demais países; apenas 0,3% da população é estrangeira (aumento de 0,2% em relação ao relatório anterior).

O organismo internacional também verificou que, desde 2010, o fluxo de europeus migrando para a América Latina e o Caribe é maior do que o inverso. Entre os expatriados da União Europeia, estão sobretudo cidadãos de Espanha, Portugal e Itália. Em 2015, havia em torno de 700 mil europeus dessas nações morando na América do Sul. A OIM também identificou um número crescente de haitianos, cubanos e dominicanos migrando para países sul-americanos.

A OIM lembra que a migração traz benefícios para quem se desloca, para seus familiares e para os países de origem e de destino. Em 2016, o Banco Mundial estimou que as remessas de dinheiro enviadas por migrantes aos seus parentes já haviam chegado à soma de 429 bilhões de dólares. Atualmente, o montante representa mais do que três vezes o orçamento da ajuda internacional para o desenvolvimento.

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