Aluno Nota 10 de Gramado
A consolidação do projeto Aluno Nota 10 de Gramado ocorreu no último dia 15 de março, no Palácio dos Festivais, noite em que ocorreu a lotação dos 900 lugares e, ainda, um público pode conferir o resultado do ano letivo das 15 escolas inscritas do lado de fora, num telão. Dez dias depois, o Parque Mini Mundo e o principal apoiador Orbis Clube Gramado reuniram diretores das escolas municipais, estaduais e particulares para entender o que aconteceu dentro de suas escolas após o prêmio que destacou 68 alunos com o troféu Aluno Nota 10, além de valorizar escolas e empresas apoiadoras com igual importância.
O encontro aconteceu no final da tarde da última quarta-feira, dia 26 de março, quando 11 das 15 escolas foram representadas pela quase totalidade dos diretores, sendo que dez deles prontamente confirmaram a participação na segunda edição: Colégio Estadual Santos Dumont, Escola Estadual de Ensino Fundamental Nª Sra Da Pompeia, Escola Estadual de Ensino Fundamental João Benetti Sobrinho, Escola de Ensino Fundamental David Canabarro, Escola Estadual de Ensino Médio Caramuru, Escola Municipal de Ensino Fundamental Vicente Casagrande, Escola Presidente Vargas, Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro Zucolotto, Escola Municipal de Ensino Fundamental Maxilimiano Hahn, Escola Municipal de Ensino Fundamental Gentil Bonato.
“Ouvir os diretores foi fundamental para nós iniciarmos a segunda edição. Todos elogiaram o projeto, reafirmando a importância de estimular alunos e professores para a melhoria do aprendizado. Com este retorno, seguimos seguros de que mais acertamos do que erramos”, comentou a diretora do parque Mini Mundo, Jussara Höppner, após a reunião, realizada durante Chá da Tarde, no Hotel Ritta Höppner.
Jussara explica que, a pedido das escolas, será retirada a premiação pelo Índice de Evasão Escolar e inclusão do Índice do ENEM. Também ficou decidido que a segunda edição terá uma nova categoria: a Melhor Classe. “Assim, cada escola apresentará sua melhor turma. Para chegar a ela, serão somadas as notas de todos os alunos da sala, divididas pelo número de disciplinas. O mesmo processo acontece nas turmas que trabalham com conceito”, relata. Esta nova categoria está alinhada à filosofia atual de trabalho em equipe. Quanto melhor a classe desempenhar, a partir da contribuição com os colegas que têm mais dificuldades, mais possibilidades de classificação e de receber a estatueta no ano que vem.
A presidente do Orbis Clube Gramado, Ana Gioconda Viezzer, organizou as inscrições das escolas na quarta-feira e fará visita às escolas não presentes para confirmar a participação, com a sua equipe. “Vamos visitar as municipais CAIC, Mosés Bezzi, Henrique Bertoluci Sobrinho, Nossa Senhora de Fátima e Senador Salgado Filho; a estadual Ramos Pacheco; as particulares Ninho e Santíssima Trindade; bem como as escolas rurais Padre Anchieta, Carlos Barbosa, Alberto Pasqualine e Padre Scholl. Todas são convidadas a estar conosco”, relata. O Orbis Clube Gramado tem papel fundamental na relação com as escolas, organiza a sua participação e atua dinamicamente em todas as etapas da realização do projeto pelo Parque Mini Mundo.
Registro de algumas opiniões:
Todos os diretores manifestaram sua opinião a respeito do evento, demonstrando grande orgulho de ter participado. A Escola Santos Dumont enfatizou que o Aluno Nota 10 mexeu com todo o aprendizado, a começar por alunos, professores, direção e até pais e familiares.
A diretora Marta Bazei Ferraz, da escola Pedro Zucolotto, declarou que as crianças nunca haviam tido um reconhecimento desta natureza, o que contribui para o resgate da autoestima delas. “Nossos alunos estão muito empolgados para este ano. Começam a sonhar com um novo horizonte possível e isso é muito bom para todos eles”, relata, destacando que percebeu uma mudança de interesse maior a partir do dia 15 de março, quando o evento aconteceu. “Muitas vezes um projeto é lançado e não anda. O Aluno Nota 10 aconteceu, ficou caracterizado que é direcionado a eles e, portanto, o interesse neste ano será muito maior”, concluiu.
A diretora Roselen Schneider, da escola Nossa Senhora da Pompeia, contou que o fato de um dos alunos ter ganho um tablet causou grande impacto entre os colegas. Eles querem participar, ganhar e sabem que para isso tem que se dedicar aos estudos. A diretora Roselen contou que a noite do “Oscar da Educação” foi um momento de muito orgulho para ela, pelos alunos premiados da sua escola, mas também pelos premiados na Caramuru. “Alguns premiados da Caramuru foram nossos alunos. Um deles é o Aluno Conceito de Gramado, Vinícius Sachet. Para mim foi uma alegria muito grande, tanto que subi no palco para abraçá-lo. O projeto é vencedor. Tem coisas a melhorar, mas se aprende com a prática”, narrou.
O diretor Gelson Oliveira, da escola David Canabarro, disse que em 12 anos de Gramado só agora viu um projeto voltado à visibilidade dos alunos, dando ênfase a quem estuda. “Assistimos uma valorização individual e coletiva, o que gerou um impacto positivo nas escolas de Gramado”, comentou. Oliveira mantém uma gestão que destaca os melhores alunos. No último ano, a cada trimestre foi criada uma promoção: exposição em um mural o nome dos melhores alunos, almoço de tradição gaúcha e passeio para eles. “Desta forma, temos exemplos de alunos a seguir, colhemos frutos, além de observar o crescimento emocional, e de promover uma atitude cidadã por meio do incentivo aos princípios e valores”, ensina o mestre. Oliveira disse apoiar 100% o projeto e que os seus alunos estão focados em obter melhores resultados.
A diretora Adriana Fattori, da Escola Caramuru, compartilhou com a diretora Roselen a alegria dos muitos destaques. “Não esperávamos um resultado tão positivo e foi muito gratificante”, comentou no encontro. A diretora Maria Elisabete Moschen, da Escola Presidente Vargas; e a diretora Fernanda Schaefer Ecker, da escola João Benetti Sobrinho, contaram que as crianças têm perguntado “Como ser um Aluno Nota 10?”. “Eles vão até a secretaria para saber como chegar lá”, comentou Maria Elisabete, informando a importância deste incentivo ao estudo.
O diretor Francisco Santos da Silva, da Vicente Casagrande, destacou dois pontos na reunião, após afirmar a validade da participação no Aluno Nota 10. O primeiro deles foi o impacto negativo da publicação em jornal da cidade, no dia 21 de março, onde a sua escola foi destacada como a pior no índice do IDEB nos anos iniciais. “Isso veio a público, mas não foi relatado que estamos com metas de crescer ano a ano, elevando nosso índice, e estamos superando estes índices. Nossa escola passou por dificuldades e ainda passa, mas estamos caminhando”, falou ao grupo. Outro aspecto que levantou é a possibilidade de ter um representante de cada escola em cada categoria do Aluno Nota 10, como forma de motivar. Foi esclarecido que o regulamento, no que tange as categorias, cruza dados de todas as escolas para a formação dos primeiros lugares. O caminho, neste caso, é estimular os alunos para que tenham um desempenho superior e passem a integrar o ranking, sendo este o objetivo principal do projeto: “Estimular o aluno do Ensino Fundamental e Médio a estudar mais, obter melhores resultados e ter mais assiduidade às aulas”.
A diretora Rosenei Boeira da Silva, da escola Maximiliano Hahn, comentou que o seu “Aluno Nota 10”, Patrick Teixeira, foi com a família para o evento do dia 15 de março sem saber no que seria destacado. “Foi uma grande emoção para ele e para a família. O projeto é excelente”, disse, relatando também que muitos colegas têm se espelhado nele.
A Escola Cenecista, a única particular presente na reunião desta quarta-feira, avaliará durante a reunião pedagógica desta semana a sua participação na segunda edição do evento.
Jornalista Assessora de Imprensa – Ana Maria Cemin – MTB 6574
