A gravidade da situação econômica do país e do Rio Grande leva preocupações fundadas aos otimistas. De tal maneira que, se está ruim agora, se deve aproveitar para desfrutar deste ambiente gerado pelos governos federais e estaduais, porque vai ficar muito pior.
Um país rico, produtor de cereais e matérias primas, com vastas costas e terras ainda não aproveitadas, só pode ir mal por culpa de seus governantes. E dos empresários das grandes empresas que se deixam seduzir pelos pedidos de comissões. Pois quando um agente econômico paga uma comissão tem carta branca para aumentar os valores das concorrências e seus lucros. Pela eternidade. Então a defesa que agora fazem de que foram impelidos ao crime é balela de advogado que não tem argumento melhor. Devem ir para a cadeia, ficar na cadeia e permanecer na cadeia. Suas empresas, câncer social, devem indenizar o Brasil. Uma vez ladrão, sempre ladrão, sabe qualquer policial brasileiro.
A pergunta correu na imprensa: como é que um deputado federal gasta quatro milhões de reais em uma campanha para se eleger, e, quatro anos depois, está disposto de novo a mesma aventura que significa mais do que vai ganhar nestes quatro anos? E ainda por cima ele e suas famílias ostentam riquezas desproporcionais aos ganhos!
Para pobre a única maneira de enriquecer é ser jogador de futebol. Para político é se eleger para cargo eletivo. Como são eles que escolhem os juízes superiores da nossa justiça (desembargadores, ministros) e os membros dos Tribunais de Contas que os vão fiscalizar, acham vocês que há isenção nos julgamentos?
A imprensa noticiou há pouco: o já célebre ministro Lewandowski reuniu-se com a Presidente Dilma em surdina. Nunca antes na República um encontro destes ocorria. É como um juiz de futebol ser visto na noite antes de uma partida com o presidente de um dos clubes.
Como somos macacos futebolísticos, a primeira notícia não nos comove, mas a segunda nos leva a ira, a repulsa e as conclusões acertadas sobre o resultado da partida que vai se travar. Falam, falam dos militares que deram um Golpe de Estado. Falam, falam do Jango que foi derrubado. Ambos, no entanto tinham algo em comum que não se encontra mais nos entes que nos governam, seja Brasília, seja capital de estado, seja município: honestidade e brasilidade. Aproveitem, pois! Vai ficar muito pior. Ir para onde?
*Ivar Hartmann é promotor público aposentado e colunista do jornal NH, de Novo Hamburgo, do Grupo Sinos, nosso parceiro no programa radiofônico AHAI através da Rádio ABC 900 nos domingos de manhã, das 8h às 9h.
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