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Colunistas

22/07/2018

A Legião Estrangeira na Copa - por Ivar Hartmann*

Claro que torci pela Croácia. Como de resto pelo Uruguai, Portugal e Bélgica.

Para um país pequeno ganhar uma Copa de futebol é a única forma de despontar nos esportes, já que suas delegações para Olimpíadas são diminutas e, sendo o ranking por medalhas, jamais aparecerão entre os melhores classificados.

O Brasil e os Estados Unidos são países de brancos e negros. Portanto a tese racista de que não somos um grande país por culpa da miscigenação, é besteira. Por outro lado, Croácia e França são países de brancos. A Croácia é um pequeno e sofrido país, metade de Santa Catarina. A França uma potência que já foi maior. Depois de Napoleão, a França foi diminuindo de importância. Lutou contra a Prússia e outros estados germânicos em 1870 e perdeu parte de seu território. Lutou de novo contra a Alemanha na Primeira Guerra Mundial e não foi derrotada graças ao auxilio militar da Inglaterra. De novo na Segunda Guerra e foi ocupada pelo inimigo histórico. Só recuperou a liberdade com as tropas de socorro americanas.

No século XIX, para apoiar seus interesses e territórios no exterior, criou uma Legião Estrangeira. Recrutados entre sua população pobre e abertas suas fileiras a todo cidadão do mundo. Após algumas derrotas iniciais, com o tempo e o adestramento, seus soldados, comandados por oficiais franceses, tornaram-se uma tropa de elite. Mas o mandamento inicial e mais importante continua valendo: seu recrutamento é feito entre os pobres e aventureiros do mundo inteiro. Sem distinção de cor, raça, origem ou religião, a função dos recrutas é simplesmente defender as cores francesas da forma que for possível. Usando os expedientes que forem necessários. E esquecendo seu passado.

Mas nunca tinham lutado por seu país em um torneio esportivo ou Copa de Futebol. Até esta Copa da Rússia. Sua vitória começou com o Griezmann de sobrenome alemão falsificando uma falta. Seguiu com o empenho dos jogadores com os nomes de Umtiti, Kanté, N’Zonzi , Pogba, Mbappé, Malussi e Fakir. Ou seja, dos 14 franceses ou ditos franceses, que jogaram a final, oito faziam parte da sua Legião Estrangeira. Não há duvidas quanto a isso. Já o disse o prefeito de Béziers, e a direita francesa: “Ser francês é ser europeu, branco e católico.” Até nos esportes, agora, a França necessita da sua Legião Estrangeira. Assim sendo, de longe, prefiro a Croácia.

ivar4hartmann@gmail.com 

 



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